segunda-feira, 12 de março de 2007

cézanne - the strangled woman






















insanidade

lembro-me da tua insanidade
teus olhos cristalizados,
tuas mãos em garra.

não se esquece a ira a golpear-nos
com palavras,
ou o dia fraturado pela voz,
elevada à potência n.

a escorrer-te pela face,
pelos gestos,
o desprezo.
teu desprezo
pelo humano
a desvelar o caráter do homem.

tu a apoderares-te dos outros,
a usá-los,
meros objetos a passarem-te pela vida.

lembro-me do mal
infiltrado nas tuas palavras
habitando com elas
as mãos dadas com os dias.

lembro-me.
é preciso não esquecer
os dias negros.
é preciso não esquecer a loucura.



silvia chueire

Um comentário:

Anônimo disse...

visite que vai gostar
http://dolugardemim.blogspot.com
eu adorei.


Gostei muito, muito do seu blog.

Tornarei aqui.

Bom fim de tarde
Francisco

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...