terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Não sei




Há pessoas que têm as mãos cheias de poemas

e os cabelos e a alma.

- Bordam o dia com os versos mais inesperados –

 

Não sei de onde me surgem as palavras

ou o que fazer com elas.

Arranjá-las em meio à angústia

com o dia a bater-me na face.
Não sei.

 

Silvia Chueire

domingo, 17 de junho de 2012

elevar


retirar o silêncio dos olhos,
deixá-los mergulhar no céu,

nas cores e faces humanas.

- desvelá-los -


retirar o silêncio das mãos,
da boca.

deixá-las ser.

cada palavra

no seu  frescor,

viva como riso

ou choro.


retomar a paixão,
a vida a galopar

corpo afora,

a elevar verbo e tempo.





silvia chueire

quarta-feira, 16 de maio de 2012

outono



nada das folhas secas e cores de terra,

o sol brilha na sua majestade tropical.

a cidade e seus seres apressados,

sorriem a desprezar as estações.



às vezes me faz falta a discrição

trazida pelo outono.


autumn


no dry leaves and earthly colours

of fall.

the sun shines in a tropical splendor.

the city and  it’s hasty creatures

smile with no regard for the seasons.


sometimes  I miss the discretion

brought by autumn

silvia chueire

quinta-feira, 15 de março de 2012

Primavera árabe

 Rejubilam-se as almas lavadas de liberdade,

eu e meus irmãos súbito tocados pela luz.

Pertencem-me  as palavras

para dizer o que eu queira!



Há algo além da alegria, neste dia de alegrias.

A felicidade é isto:

 a conquista de nós mesmos,

de um lugar no mundo

sob as nossas vontades.



Sou  mais irmã das minhas irmãs e irmãos,

porque sou eles e eles são eu.

Alaga o meu peito este amor compartilhado.



Um dia havíamos de amanhecer na primavera,

em todas as estações do ano !

Silvia Chueire

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...