quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Da poesia

Sussurro mínimo
ao longo do sol que se põe.

A sedução das perguntas,
da beleza.
A canção oculta entre palavras
pensamentos.

Dispersa pelo mundo.

A poesia  dos dias
a salvar-me a sanidade.

 Silvia Chueire
                                                 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Uma pedra

Há uma pedra na insônia.
São de pedra as nuvens carregadas e a voz calada.



Um corpo pende no abismo.
Equilibra-se ou não,

como qualquer objeto.



Toda a consciência da pedra,
da luz,

do sangue,

da microscópica importância da existência

se entrechocam .



Silvia Chueire

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Breve

Tão breve a vida,


o coração passando por um buraco de agulha,

as frases , as juras, os risos, os enganos,

a respiração subitamente contida,

a vaidade. A verdade?



Tão breve!



Silvia Chueire

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cada parte

Cada parte encrespada do todo

é linha a separar vida e morte.



Cada parte a gritar ou inclinar a cabeça

é vento a passar pelo outro,

a passar por nós mesmos.



Cada parte encrespada do todo,

é pulso, lábio, palavra encantada.



Cada parte, eu, tu.

Cada parte, essência.



Silvia Chueire

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sempre blues

Toca-me a pele um blues.

Sua voz de lamento e prazer

me conta o segredo da ressurreição.



Rio-me e choro

na simplicidade da resposta.



Por nem um minuto

se aquieta o corpo

ou a voz que canta.



Silvia Chueire

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...