imagem :anne leibovitz
a mesma cançãonas dobras do amor
- samba, choro,
blues cantado na madrugada,
seda transformando-se em mãos,
lábios em navios -
posso renascer.
descansar minhas perguntas,
meu silêncio,
meu riso aceso no teu corpo,
os murmúrios da noite
ecoando entre estas coxas
- que são minhas,
que são tuas -
e muito antes que digas,
as palavras flutuam-me,
enchem-me a boca de alegria
- frutos colhidos pelas mãos
que me alisam os seios -
verbo e fogo.
teus olhos perdidos em mim,
flores famintas
nascendo em toda parte
- do meu corpo,
do teu corpo -
a cantarem a mesma canção:
amor, meu amor.
silvia chueire
meu riso aceso no teu corpo,
os murmúrios da noite
ecoando entre estas coxas
- que são minhas,
que são tuas -
e muito antes que digas,
as palavras flutuam-me,
enchem-me a boca de alegria
- frutos colhidos pelas mãos
que me alisam os seios -
verbo e fogo.
teus olhos perdidos em mim,
flores famintas
nascendo em toda parte
- do meu corpo,
do teu corpo -
a cantarem a mesma canção:
amor, meu amor.
silvia chueire
3 comentários:
... syvia, já leste a lírica erótica espanhola (sec XVII)? acho que vais beber muito dessa fonte que te é tão próxima... se já não a conheces!
flores famintas
nascendo em toda parte
- do meu corpo (...)
sabes o quanto isso é bonito?
belíssima canção, sílvia
um beijinho para si,
alice
Postar um comentário