É inútil, porque se o poema não nasce das pontas dos meus dedos, ou dos meus cabelos, dos meus pensamentos, ou olhos, não há meios de o laçar.
Tão inútil quanto certas coisas que digo. Coisas, digo. Mesmo quando no ápice do dia , a alegria abraça.
Tão inútil quanto ter corpo , às vezes. Para quê corpo se não amamos ?E não me venham com argumentos lógicos. Este é um texto livre .
Um corpo é inútil se não ama, repito.
Se alguém vê maior sentido que este no corpo, que se manifeste. Mas que o faça num poema, canção, ou mesmo em prosa. Sem melancolias, porque hoje a noite é para a visão lúcida das coisas. E o dia invadiu-me o sorriso.
Só sei que é inútil. Carrego um corpo e esta necessidade de escrever poemas.
Silvia Chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
quarta-feira, 21 de junho de 2006
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2 comentários:
Abençoados, o corpo que escreve e a necessidade dos poemas...
Já faz tempo q leio seu blog, mas acho q nunca concordei tanto com vc qto agora!!!
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