ainda o corpo domina a cena
fala, diz o poema,
estende-te no desejo,
eleva-te na ternura,
na tua razão de ser corpo.
vive, diz o poema,
acima do que é banal
e pouco e raso.
são estes os dias
nos quais viver tem significado.
liberta-te, diz o poema,
e ama.
este é o teu destino.
silvia chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
mentiras
como calar a voz, o corpo, a vida,
se tudo que bate no meu peito
é assombroso e vibra?
como inventar caminhos,
tecer estratégias,
se o desejo, a pele, a angústia,
que são meus são teus?
um dia eu paro de escrever poemas.
por ora faço assim:
digo mentiras.
silvia chueire
se tudo que bate no meu peito
é assombroso e vibra?
como inventar caminhos,
tecer estratégias,
se o desejo, a pele, a angústia,
que são meus são teus?
um dia eu paro de escrever poemas.
por ora faço assim:
digo mentiras.
silvia chueire
paris
para minha mãe
tenho esta cidade geneticamente
pregada na alma
revê-la é sorrir contigo,
cúmplice,
a cidade a abraçar-nos.
e minha súbita alegria
é também tua.
silvia chueire
tenho esta cidade geneticamente
pregada na alma
revê-la é sorrir contigo,
cúmplice,
a cidade a abraçar-nos.
e minha súbita alegria
é também tua.
silvia chueire
segunda-feira, 5 de maio de 2008
a cidade
a cidade sobe-me pelos dedos
e escreve o poema
canta uma canção ao sol
que surge tímido
entre as teclas dos acordeons
e as torres elevadamente límpidas das igrejas
silvia chueire
e escreve o poema
canta uma canção ao sol
que surge tímido
entre as teclas dos acordeons
e as torres elevadamente límpidas das igrejas
silvia chueire
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