terça-feira, 16 de dezembro de 2008

tempo

tempo I

colhe um sorriso sobre o tempo,
não te esqueças.
ninguém dirá em sã consciência
que a praia iluminada era eu,
mas tu sabes.


tempo II

não fales do teu tempo
fales das coisas a despeito dele;
em breve sobrevirá a noite,
as mãos e a boca paralisadas.
e tu serás
e não serás o mesmo.


silvia chueire

sábado, 6 de dezembro de 2008

amor?

deito-me sobre tantas coisas inúteis
e me pergunto o que valerá
todo o esforço?

este poema banal
- qualquer deles -
trata-se de traduzir o intraduzível?

a avalanche de microacontecimentos

despencando pelo nosso dorso,
a pele respondendo elétrica;
entre os dedos a escapar-nos;
sob os olhos,
através dos nossos sexos,
e do cataclismo do gozo,
dos corpos,
ou dos pensamentos, que correm
à busca de significado.

o que valerá a minha presença sem sentido
neste mar de sentidos a entrechocarem-se,
neste caos, sem linguagem que o signifique
a não ser o amor que vivi,
vivo,
viverei?

silvia chueire

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...