terça-feira, 26 de dezembro de 2006

hetikep

















da falta


meu corpo dobrado sobre si
percebe claramente
a distância e a falta
a lhe colarem a pele de angústia

são dias longos de silêncio,
desejar é o avesso da falta.
o que desejas, corpo meu,
se ele não está?



silvia chueire

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006














névoa


era uma palavra e nada mais,
a névoa a cobrir o mar.

abraço nebuloso,
a esconder-lhe a cor.

o horizonte perdido
na fumaça úmida,
gris colado ao dia.

nem se podia ver a água,
a palavra encoberta,
feito segredo.

o corpo, a voz, abraçados pela névoa.
tantas vezes penso que sou mar.



silvia chueire

domingo, 10 de dezembro de 2006

legado

















legado

há uma viagem oculta
por trás dos nossos gestos
uma palavra por trás do silêncio

navego neste lugar
entre pensar que sei
e saber que ignoro

meu único legado
será o poema imerso em mim
eu imersa no poema

não mais

silvia chueire

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...