na tarde
o mais íntimo de ti
alçado no esplendor do dia
as mãos na suavidade dos pelos
da nuca ofertada
a evidência do corpo
a procurar o teu
da boca inverossímil
saída do devaneio
para a tua realidade ereta
no alto do gozo
no alto da tarde
no alto do mundo
silvia chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
espero
dei-te os dias mais preciosos,
as mãos e o corpo febris,
o pensamento lúcido,
os olhos lavados de ti.
esperei-te,
só se espera a vida.
as tuas palavras costuradas a mim
falavam-me do teu amor.
escuto os dias
desde que me deixaste,
rumo a um deserto,
no silêncio do tempo.
o tempo, meu amor,
é um universo a dançar nos corpos
atravessados de angústia.
espero, ao olhar
a distância de um oceano,
que venhas.
a felicidade é um dia possível,
se estás.
silvia chueire
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Árabes XXXVIII
Morrer
Diz-me ó sol impiedoso,
como se entrega a vida à terra?
Diz-me em que rosas dormem espinhos
e não ferem.
Como uma mulher eleva a voz
e se rebela,
em meio aos corpos que sangram,
e ergue os punhos
e vocifera
e amaldiçoa a guerra que os leva?
Diz-me
como sou capaz de morrer tantas vezes
e ainda não morrer como devia?
Silvia Chueire
domingo, 11 de fevereiro de 2007
imprevisto
nada me disseram sobre a adrenalina
a escalar-me o peito
quando te visse,
a tornar-me a garganta, deserto.
o teu cansaço nunca foi previsto
enquanto sonhávamos
os mais altos sonhos.
não foi previsto o teu silêncio
na felicidade a me abraçar
todas as manhãs.
calo a minha voz
nesta noite infindável.
só os meus olhos falam de ti
mergulhados num lago.
silvia chueire
nada me disseram sobre a adrenalina
a escalar-me o peito
quando te visse,
a tornar-me a garganta, deserto.
o teu cansaço nunca foi previsto
enquanto sonhávamos
os mais altos sonhos.
não foi previsto o teu silêncio
na felicidade a me abraçar
todas as manhãs.
calo a minha voz
nesta noite infindável.
só os meus olhos falam de ti
mergulhados num lago.
silvia chueire
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Árabes - XXXVII
sábado, 3 de fevereiro de 2007
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