Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
DOIS POEMAS CURTOS:
perder-me
perco os olhos no mar
e o pensamento
tudo é confronto e angústia
no largo silêncio
da água
silvia chueire
dia após dia
passa dia após dia
sobre a terra e a pele
não esqueço:
habitas-me
a murmurar as mesmas palavras
sobre o oceano
silvia chueire
perco os olhos no mar
e o pensamento
tudo é confronto e angústia
no largo silêncio
da água
silvia chueire
dia após dia
passa dia após dia
sobre a terra e a pele
não esqueço:
habitas-me
a murmurar as mesmas palavras
sobre o oceano
silvia chueire
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
tu (nós)
tu abrias as portas do mundo
e ele navegava os nossos corpos
escalava as nossas palavras
únicas nas nossas bocas
a língua
trabalhava novos significados
para a vida.
tu ousavas caminhar comigo
sobre as horas como se não fossem tempo
elas a servirem de cenário
para o destino:
nós
nada mais importava
às almas iluminadas
que a vida e suas taquicardias
tu dividias comigo a noite
e os pensamentos da noite
subiam-nos à cabeça e às mãos
como se fossem gestos
as idéias brilhando em nós
pela primeira vez
era sempre a primeira
e última vez
que nos amávamos
sempre
silvia chueire
tu abrias as portas do mundo
e ele navegava os nossos corpos
escalava as nossas palavras
únicas nas nossas bocas
a língua
trabalhava novos significados
para a vida.
tu ousavas caminhar comigo
sobre as horas como se não fossem tempo
elas a servirem de cenário
para o destino:
nós
nada mais importava
às almas iluminadas
que a vida e suas taquicardias
tu dividias comigo a noite
e os pensamentos da noite
subiam-nos à cabeça e às mãos
como se fossem gestos
as idéias brilhando em nós
pela primeira vez
era sempre a primeira
e última vez
que nos amávamos
sempre
silvia chueire
domingo, 12 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
perpendicular
olho o dia em modo perpendicular
as casas dão passos
morro acima as pessoas
dão passos no afã
de sobreviver no caos
entre o sol
e o sal de cada dia
há uma crueldade
na repetição das coisas,
na sensação oblíqua
de imutabilidade
mas afinal tudo muda,
dizem.
e a beleza da paisagem
é inegável.
silvia chueire
Assinar:
Postagens (Atom)
Caos Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo. Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...
-
imagem : anne leibovitz a mesma canção nas dobras do amor - samba, choro, blues cantado na madrugada, seda transformando-se em mãos, lábio...
-
Dobra-se o tempo. Num arrepio as coisas não estão mais lá; tudo é realidade sobre realidade. Nossa ingenuidade - arrogân...
-
Caos Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo. Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...