terça-feira, 29 de julho de 2008

puro

há as folhas elevadas
sobre o cinza da tarde
os pensamentos aquecidos
pelo mormaço

olhas em torno
sem suspeitar do mundo

- por instantes tudo é puro -


silvia chueire

domingo, 27 de julho de 2008

um silêncio

há um silêncio escavado
no meio da pedra,

silêncio escavado
no meio da vida.

tão fundo, tão fundo,
é um grito .


silvia chueire

sexta-feira, 18 de julho de 2008

hoje

tua alma estremecia
em meio à música de ontem,
o horizonte era ritmo e sol.

hoje é um dia suspenso,
assombra-te o silêncio,
a ausência de gestos,
o chumbo dos dias,
o lugar comum.

só o que tens são palavras,
a alma escapou-te.



silvia chueire

terça-feira, 8 de julho de 2008

reconhecer

um corpo lembra com exatidão
outro corpo.

reconhece-o por sobre o tempo,
quando aquele é seu lugar definitivo.

silvia chueire

quinta-feira, 3 de julho de 2008

sob as pálpebras

um mundo sob as pálpebras
a agitar-se na madrugada

palavras gestos
interrogações
e o teu silêncio

angústia e memória
a se atirarem incessantes
no lago dos olhos

silvia chueire

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...