o poema
tantas vezes hesita,
tantas vezes estremece nas minhas mãos
a procurar palavras.
é grande a alegria
quando se deposita nelas.
silvia chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008
fim da tarde
ao fim da tarde
os olhos, pálpebras semicerradas,
são também crepúsculo,
corpo entregue ao amor.
cores sobre o mundo,
dia, noite,
riso e sussurro.
silvia chueire
os olhos, pálpebras semicerradas,
são também crepúsculo,
corpo entregue ao amor.
cores sobre o mundo,
dia, noite,
riso e sussurro.
silvia chueire
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
tocas-me
tocas-me
e és um inesperado rio
a me atravessar
um inesperado sorriso
tocas-me
e para além do desejo
tenho a ternura nas mãos
silvia chueire
e és um inesperado rio
a me atravessar
um inesperado sorriso
tocas-me
e para além do desejo
tenho a ternura nas mãos
silvia chueire
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
esqueces
baixas as pálpebras
para que teus olhos não me vejam.
esqueces que vivo dentro deles
(hesitei tantos séculos
até me aventurar por estes precipícios).
silvia chueire
para que teus olhos não me vejam.
esqueces que vivo dentro deles
(hesitei tantos séculos
até me aventurar por estes precipícios).
silvia chueire
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Flores ou facas
Cabem flores ou facas
no meu pensamento.
Fio ou perfume a nascerem
conforme o dia.
Tomo ambos com o mesmo cuidado;
ambos têm uma fraqueza
irrecusável.
Silvia Chueire
no meu pensamento.
Fio ou perfume a nascerem
conforme o dia.
Tomo ambos com o mesmo cuidado;
ambos têm uma fraqueza
irrecusável.
Silvia Chueire
sábado, 2 de fevereiro de 2008
contíguos :
pássaros
I
voa um pássaro agudo
contra o céu
da cidade incendiada
seguem-no os olhos
e a pele
no auge do verão
---------------------------
II
meu corpo é um pássaro agudo
sob o céu de verão
mergulha no mar
na vertigem
hoje como se fosse sempre
silvia chueire
I
voa um pássaro agudo
contra o céu
da cidade incendiada
seguem-no os olhos
e a pele
no auge do verão
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II
meu corpo é um pássaro agudo
sob o céu de verão
mergulha no mar
na vertigem
hoje como se fosse sempre
silvia chueire
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