Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
terça-feira, 21 de novembro de 2006
dois poemas
às vezes
a vida é um sono
- um sonho ? –
imagens difusas e paradas
dias e noites em infusão
no tempo
olhamos para ela
os olhos descrentes
de que possa começar a andar
quando menos percebemos
carrega-nos para além de nós.
silvia chueire
ao modo de fotografar
quando olho sei que fotografo.
descubro a permanência da luz,
a terrível permanência da luz,
suas nuances impressas.
quando olho ao modo de fotografar
incidindo a lâmina da imagem na retina,
na memória a alma da circunstância,
sei que estou cativa.
e um vento frio me percorre o corpo.
silvia chueire
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2 comentários:
Silvia eu sempre te amei! Mas você sempre apaga tudo! O que fica do outro? Um tronco ôco!
Sem amor nem ramiro dá suspiro :)
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