fingir
agarro-me à memória
de um dia,
da tua boca,
dos teus dedos.
perco-me no quarto,
a insônia a enrolar-se
nas minhas pernas,
eu a fingir que é o poema,
a voz a dizer-me vem.
e finjo magistralmente.
meus dedos pensam
que são teus
e adivinho
todos os teus passos,
neste corpo que recusa o silêncio.
silvia chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
domingo, 22 de abril de 2007
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