domingo, 22 de abril de 2007

fingir


agarro-me à memória
de um dia,
da tua boca,
dos teus dedos.

perco-me no quarto,
a insônia a enrolar-se
nas minhas pernas,
eu a fingir que é o poema,
a voz a dizer-me vem.

e finjo magistralmente.
meus dedos pensam
que são teus
e adivinho
todos os teus passos,
neste corpo que recusa o silêncio.


silvia chueire

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