meu lugar de sede
se alça sobre o tempo
e diz apenas um nome,
uma água como se fosse nome,
um nome feito um contraditório,.
silvia chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Deserta
Caminhas na tua angústia enclausurada
no apartamento às três e cinco da manhã
e dizes : basta!
A cidade e o mar te olham desesperançados,
teus olhos se encontram com os deles a cada poema
que te escapa .
O sangue sobe-te à face,
não sabes se estás zangado
ou triste.
Algo te martela a pele
a pedir-te expressão,
sem possibilidades.
Não, dizes. Basta!
Mas dizer basta não te acalma a inquietude,
desejas o poema.
Afinal, o que é o poema
senão a tua voz a mostrar-te
que há vida ?
Calas-te.
Nada podes fazer,
não sabes onde se encontra o poema;
sequer sabes onde te encontras
na vida repentinamente deserta.
Silvia Chueire
no apartamento às três e cinco da manhã
e dizes : basta!
A cidade e o mar te olham desesperançados,
teus olhos se encontram com os deles a cada poema
que te escapa .
O sangue sobe-te à face,
não sabes se estás zangado
ou triste.
Algo te martela a pele
a pedir-te expressão,
sem possibilidades.
Não, dizes. Basta!
Mas dizer basta não te acalma a inquietude,
desejas o poema.
Afinal, o que é o poema
senão a tua voz a mostrar-te
que há vida ?
Calas-te.
Nada podes fazer,
não sabes onde se encontra o poema;
sequer sabes onde te encontras
na vida repentinamente deserta.
Silvia Chueire
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
o tédio
o tédio pode ser um vício
e a TV
e as pernas sobre o sofá da sala
- emaranhadas nos jornais
não lidos –
e os cabelos desesperadamente
em desalinho
- absoluta falta de música –
e o círculo repetitivo dos dias
silvia chueire
e a TV
e as pernas sobre o sofá da sala
- emaranhadas nos jornais
não lidos –
e os cabelos desesperadamente
em desalinho
- absoluta falta de música –
e o círculo repetitivo dos dias
silvia chueire
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
o sol
o sol nascia no meu peito
iluminando-me a face,
lembras-te?
podia(s) senti-lo a tocar-me a pele.
podia(s) sabê-lo
no sorriso mais livre
que jamais me aconteceu.
silvia chueire
iluminando-me a face,
lembras-te?
podia(s) senti-lo a tocar-me a pele.
podia(s) sabê-lo
no sorriso mais livre
que jamais me aconteceu.
silvia chueire
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