quarta-feira, 27 de setembro de 2006















submerso


olha o teu corpo submerso
na água do tempo.
não o recuses.
não há mistérios
ou recuos, na passagem
do corpo pela terra.

não há uso no tédio da eternidade,
nem se pode fugir à trajetória
curtíssima que nos cabe,
ou pretender que ela não seja curva.

há no vento que nos sopra a vida
uma exatidão de lâmina,
nem as palavras nos excluem dele.




silvia chueire



Um comentário:

li stoducto disse...

oi, silvia,

coloquei este poema lá, na última atualização do letra de corpo, ok?

beijos

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