Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
domingo, 18 de março de 2007
cair
o céu cai ao chegar a noite
sobre suas mãos vazias.
põe-se a não dizer palavras,
a cegar os olhos para não as ler.
- precisa esquecê-las,
dizer que fiquem com ele,
onde não o veja .
não é dela o corpo,
curvas, pele
- ainda são dele .
só o desespero lhe pertence.
nem o andar esguio de um gato
anestesia seu corpo esquadrinhado
pela dor.
o grito tomba-lhe ao colo.
um trompete, em jazz,
rasga o ar,
apenas seus olhos afundam
no escuro.
silvia chueire
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sábados Há sábados que são uma gargalhada, uma exaltação do corpo, dos afetos. Há sábados a voar por aí que nos pertencem de...
-
imagem : anne leibovitz a mesma canção nas dobras do amor - samba, choro, blues cantado na madrugada, seda transformando-se em mãos, lábio...
-
Há pessoas que têm as mãos cheias de poemas e os cabelos e a alma. - Bordam o dia com os versos mais inesperados – ...
-
Caos Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo. Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...
Nenhum comentário:
Postar um comentário