sábado, 5 de maio de 2007















inorgânico

poema inorgânico,
racionalidade precisa,
lâmina a tocar o prisma do gelo.

amarram-se às suas frases,
cristal, rocha, sal,
arquitetura inanimada
de tudo que um dia foi vida,
ou virá a ser .

poema frio,
pura estética,
que se aloja na rocha do mundo.
mudo de sentimentos,
pairando no interstício.

poema sem traço do humano,
a palavra nos sobreviverá ?


silvia chueire

Um comentário:

Anônimo disse...

certamente...secretamente.

  Sábados   Há sábados que são uma gargalhada, uma exaltação do corpo, dos afetos. Há sábados a voar por aí que nos pertencem de...