sexta-feira, 17 de agosto de 2007

tu (nós)

tu abrias as portas do mundo
e ele navegava os nossos corpos
escalava as nossas palavras
únicas nas nossas bocas
a língua
trabalhava novos significados
para a vida.

tu ousavas caminhar comigo
sobre as horas como se não fossem tempo
elas a servirem de cenário
para o destino:
nós
nada mais importava
às almas iluminadas
que a vida e suas taquicardias

tu dividias comigo a noite
e os pensamentos da noite
subiam-nos à cabeça e às mãos
como se fossem gestos
as idéias brilhando em nós
pela primeira vez
era sempre a primeira
e última vez
que nos amávamos
sempre


silvia chueire

Um comentário:

Kamikaze (L.P.) disse...

Sílvia, o seu blog e este poema em concreto foi nomeado para um prémio na blogoesfera, concretamente aqui: http://cleopatramoon.blogspot.com/2007/09/nomeou-me-ni-com-aquela-boa-vontade-de.html

...e olhe que vindo de quem escreve tão bem como a Cleópatara, a nomeação tem valor, ó se tem:)

  Caos   Pandemônio instalado; as pessoas agarram sua sanidade a correr rua abaixo.   Há uma cachoeira -de mentes – a galope n...