o sol abre o dia,
canta e canta nos meus cabelos
e sobre a pele.
acordo como se fosse ontem a noite
profundamente embalada
pela memória.
há um corpo inquieto
que fala da tua falta
e aconchega-a contrariado
entre os seios
e uns acordes de jazz.
cruzam em mim notas do cello,
uns agudos de violino
junto a frases melancólicas
que as mãos pretendem escrever.
mas o sol é impiedoso,
a tudo descobre e aquece
enquanto azula o mar.
azula-me
e canta uma canção outra.
deixo-me estar em silêncio,
o corpo aquecido
a dizer-me em alta voz:
vem novamente o verão.
silvia chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
sábado, 6 de outubro de 2007
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