O poema não sabe
se o ano está acabando
e desembaraça palavras
há muito caladas no meu peito.
Perco-me entre elas,
a baterem-me sobre os olhos
feito música,
e o tempo
- que pode ser todo ou nenhum,
mas pulsa.
Silvia Chueire
Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
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Um comentário:
ALMA
by Ramiro Conceição
Que alma é esta que levo
mas que nunca se sacia?
Quando da escuridão
da Literatura,
criou uma lista à leitura;
porém, paulatinamente,
um vazio ficou dentro...
embora tudo fosse lido.
Quando da ignorância na Ciência,
delineou métodos experimentais;
mas um vazio restou gradualmente
às ditas explicações fundamentais.
Quando da necessidade de Deus,
resolveu procurá-Lo; mas, infelizmente,
descobriu somente a massa de zumbis:
hábeis torturadores em transformar
seres inocentes em doentes mentais.
Todavia tudo não se perdeu nesta poesia
porque, quando da necessidade do Amor,
a alma se encontrou com quem brincava
de existir - com inocência - além de si.
Sim,
a Inocência é tudo - disse Nietzsche
quando amou lucidamente o Mundo -
pois
o Presente da existência
é permitir o nascimento
do segredo sagrado da Inocência.
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