danço
eleva-se a lua entre as minhas mãos,
meu corpo a ondular na música.
não há véus que escondam
o sentido do meu olhar que te procura.
é grande a minha pátria de montanhas
e cedros inclinada sobre o mediterrâneo,
o quarto crescente a acariciá-la.
mas não me abriga da falta.
danço para os teus olhos que não estão,
para as tuas mãos a lamberem-me a memória.
danço notas a desprenderem-se do alaúde,
e me tocarem a pele.
és tu
e não és tu.
silvia chueire
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