Se os dias, as palavras, os afetos a subirem-me pela face forem generosos e o meu olhar agudo,talvez escreva um poema, um conto. Por ora são anotações esparsas. In the meadow. Ao som do mar.
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
contemporâneo
pouco se me dá a agonia lenta
da voz que me fala.
- disseste algo, honey? -
aumentemos o volume da Joplin,
há palavras de mais sendo ditas.
desvio-me verticalmente dos gestos
para alimentar a estética,
os olhos passeando pela beleza dos corpos.
tudo tão cool, tão frio.
talvez uma pequena lápide ficasse bem.
a morte, meu amor,
é algo que não sei,
mas que alimento com as mãos.
contemporary
I couldn’t care less about the slow agony
of the voice that talks to me
- did you say anything, honey? -
turn up the volume of Joplin,
too many words are being said.
I swerve vertically from gesture
to nourish aesthetics,
eyes sliding over the beauty of bodies,
everything so cool, so cold.
maybe a small gravestone would look well.
death, my love,
is something I don’t know,
but I feed it with my hands.
silvia chueire*
*ambas as versões
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2 comentários:
vc é uma mulher psicodélica, hein? ;)
beijos
Dá-lhe irmã...
Há outras cidades no mundo, outros vinhos, outros amigos...esperando por ti.
Bjs...
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