quarta-feira, 2 de maio de 2007

















lembrar

lembro-me do teu rosto
antes de morreres
para o amor.

lembro-me das chamas
crescendo nas tuas palavras,
do teu olhar a dizê-las.

os dias a serem vida,
não tempo.

lembro-me de ti,
impecável nos atos,
distante da sombra
- pura azáfama –
que agora és.

silvia chueire

2 comentários:

Anônimo disse...

ei, um dia eu já fui assim também! e me sentia igualmente vivo, com as palavras ardendo em chamas como se fosse um dragão. o cansaço me abateu em pleno vôo e a vertigem da queda me transformou em alguém ainda mais cínico do que já era. não vou reclamar, experimentei e sobrevivi e foi legal... uia! se foi! mas abandonei a idéia da leveza do ar e agora me satisfaço como lagartixa mesmo. sabe, até que é uma condição simpática ser assim fugaz, sem aquela cauda de serpente, asas com garras gigantescas e tudo mais!

Cleopatra disse...

Porquê Rogério???
Porque é que tem de ser assim?

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