quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

um dia


um dia o corpo acende os olhos
e tudo aconteceu
não viu Ipanema aos domingos
e o samba na Lapa

um dia o corpo acorda
acendido por uns olhos
ou pelo mar
e acha graça em si mesmo

um dia o corpo ri desatado
na plenitude de o ser
porque o tempo é uma invenção
da qual ninguém escapa

mas tomamos a vida nas mãos
e a bebemos



silvia chueire

3 comentários:

Linhas do desassossego disse...

gostei da tua poética.
ela flutua!!!

Anônimo disse...

Gosto disso.
Acender os olhos. Tomar a vida nas mãos e bebê-la.

O tempo. Quanto é curto? Quanto é longo? Medimos sem exatidão por ser ele de risos ou de dor. O tempo que não sentimos é o tempo que não contamos. E aí são as brancas nuvens. Mas aqui tem um tempo de vida que é vermelho. Essa é uma medida de intensidade e é dela que eu gosto mais.

Beijo, Silvia!

(e o celular estava em lugar incerto e não sabido naquele momento... pra variar! sorry!)

ferreira disse...

Feliz ano 2008 com muita poesia.
Um abraço

  Sábados   Há sábados que são uma gargalhada, uma exaltação do corpo, dos afetos. Há sábados a voar por aí que nos pertencem de...