sexta-feira, 14 de julho de 2006

amo-te








todo dia - II

todo dia ele me acordaria
entre as brumas
dos lençóis
e a maciez dos olhos.

diria o poema essencial
inesperado e rouco :
amo-te


silvia chueire



presa

tenho presa a palavra
na memória
de uma geografia que não se desfaz.

tudo me aponta uma saída:
o desdobrar do corpo
sobre si próprio,
a invenção de uma gramática,
os passos na direção do horizonte.

mas minha voz não se move,
cada vocábulo se perde
num oceno de afeto.

o poema é sempre o mesmo:

-amo-te-

silvia chueire

Um comentário:

alice disse...

cara silvia,

agradeço sua visita de hoje

não se preocupe, não tem do quê desculpar-se, essas coisas são mesmo assim

beijinhos

alice

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